BUSCAR POETAS (A LA IZQUIERDA):
[1] POR ORDEN ALFABÉTICO NOMBRE
[2] ARCHIVOS 1ª, 2ª, 3ª, 4ª, 5ª 6ª 7ª 8ª 9ª 10ª 11ª 12ª 13ª 14ª 15ª 16ª 17ª 18ª 19ª 20ª y 21ª BLOQUES
[3] POR PAÍSES (POETAS DE 178 PAÍSES)

SUGERENCIA: Buscar poetas antologados fácilmente:
Escribir en Google: "Nombre del poeta" + Fernando Sabido
Si está antologado, aparecerá en las primeras referencias de Google
________________________________

sábado, 28 de abril de 2012

6745.- ALBERTO DE SERPA




ALBERTO DE SERPA
(1906-1992)
Nacido en Oporto, PORTUGAL,  frecuentó la Universidad de Coimbra, donde no concluyó ningún curso. Muy ligado a José Régio, perteneció al movimiento de Presença, del que llegó a ser secretario y donde publicó gran parte de sus poemas y libros, tales como Varanda y Fonte, ambos de 1943. Su poesía concilia el versolibrismo modernista com uma tonada lírica más tradicional, en un ritmo desprendido e incantatorio,
donde vierte uns sensibilidad atenta a lo cotidiano y al dramatismo de la vida, como ocurre em Drama (1940)  Rua (1945). Corresponsal de distintos poetas del Brasil, publicó un Almanaque de Lembranças Luso-Brasileiro (1954). Estuvo también ligado a la Revista de Portugal, dirigida por Vitorino Nemésio. Es autor de ensayos sobre diversos poetas, como António Nobre y José Régio.




TEXTOS EN ESPAÑOL

Tradução de Rodolfo Alonso







                   RIQUEZA

Por parques y plazas,
Calles y cortadas,
Tú, mi vista, cazas
La vida.  Y tropiezas.

Umn carcajada
Desde un par contento,
Guarda bien guardada,
Pero anda delante.

Te surgen sonrisas
De uno y de otro lado,
No hagas juicios
Rápidos. ¡Cuidado!

¿Una cara grave
Nada te revela?
Quizá el dolor cave
Después solo, en ella.

¿En un llanto, un grito,
El dolor presientes?
Y, afligido, quedas.
¡Sigue, por favor!

¡Sigue, bien abierto
Hacia todo ángulo!
¡Mira el desconcierto
Que parece tanto!

¡Corre, vista, en torno!
¿Algo te intimida?
¿La vida? Si toda
Es de amar, la vida.





POEMA III

¡Cómo embriagas tu!
Viernes, ¡Poesía!, tumultuosa o mansa,
Cierras nuestros ojos a este tiempo en llagas,
Y nos canta dentro una esperanza.

Hermana que dejas
La mano fresca em nuestra testa ardiente,
Después de la lucha que agranda la queja
Que siempre tenemos contra tanta gente.

Eres la queja
—Si en nuestras almas se insinúa el tédio —
Siempre pronta y fácil para la entrega
Más total, más desnuda.

Tú eres, quien, poesía
— Si nos atan boca, pies y manos —
El coraje rabioso nos mantiene,
Susurrando: “Quizás...”

¡Que bien hayas! ¡Aquí
Y en todas partes, nuestros pasos guía!
¡A cada hora, seamos más tuyos,
Y más nuestra, tú, Poesía!






RECREO

Em la luz matinal de primavera,
Junto a la limpia blancura de la escuela,
Los niños fraternizan com las alegres aves...

Y el sol les abre rosas de salud en los rostros
Con Dulce mano el viento halaga sus cabellos,
— Un discreto sol que se esconde a veces entre nubes blancas...

Las niñas danzan a la ronda y cantan
Sus canciones simples, de incierto y oscuro sentido,
Que acompañan gestos graves y señoriales.

Los muchachos corren sin tino y traban luchas,
Gritan entusiasmados el amor espontâneo por la vida,
La vida que va llegando inadvertida y breve...

Y la joven maestra los mira extasiada
Con un sonreir misterioso en los labios tristes...


Textos extraídos de la obra POETAS PORTUGUESES Y BRASILEÑOS DE LOS SIMBOLISTAS A LOS MODERNISTAS; organización y estúdio introductorio: José Augusto Seabra.  Buenos Aires: Instituto Camões; Editora Thesaurus, 2002.  472 p. ISBN 85-7062-323-2








TEXTOS EM PORTUGUÊS  



Riqueza

Por parques e praças,
Ruas e travessas,
Tu, meu olhar, caças
A vida.  E tropeças.

Uma gargalhada
Vem dum par contente.
Guarda-a bem guardada,
Mas caminha em frente.

Surgem-te sorrisos
Dum e de outro lado.
Não faças juízos
Rápidos.  Cuidado!

Uma face grave
Nada te revela?
Talvez a dor cave,
Só mais tarde, nela.

Num choro, num grito,
Pressentes a dor?
E quedas, aflito.
Seque, por favor!

Seque, bem aberto
Para cada canto!
Olha o desconcerto
Que parece tanto!

Corre, olhar, em roda!
O que me intimida?
A vida?  Só toda
Pode amar-se, a vida.

                       (Rua, 1945)






Mar Morto

A noite caiu sobre o cais, sobre o mar, sobre mim...
                   As ondas fracas, contra o molhe, são vozes calmas de afogados.
                   O luar marca uma estrada clara e macia nas águas,
                   mas os barcos que saem podem procurar mais noite,
                   e com as suas luzes vão pôr mais estrelas além ...
                   O vento foi para outros cais levar o medo,
                   e as mulheres, que vêm dizer adeus e cantar,
                   hoje sabem canções com mais esperança,
                   canções mais fortes que a ressaca,
                   canções sem pausas onde passe uma sombra da morte...
                   Velhos marítimos — a terra é já a sua terra —
                   olham o mar mais distante e têm maior saudade...
                   Pára o rumor duns remos...
                   Não vão mais às estrelas as canções com noite, amor e morte...
                   Penso em todos os que foram e andam no mar,
                   em todos os que ficam e andam no mar também ...
                   E a luz do farol, lá longe, diz talvez...







                   POEMA III

                   Como tu embriagas!
                   Vens, ó Poesia!, ou tumultuosa ou mansa,
Cerras o nosso olhar a estes tempos em chagas,
E canta dentro em nós uma esperança.

És uma irmã que deixa
A fresca mão na nossa testa ardente,
Depois da luta que engrandece a queixa
Que temos sempre contra tanta gente.

És aquela que chega
— Se o tédio em nossas almas se insinua —
Sempre fácil e pronta para a entrega
Mais total e mais nua.

És tu, poesia, quem
— Quando nos prendem boca, mãos e pés —
A coragem raivosa nos mantém,
Ciciando-nos: “Talvez...”

Que bem hajas! Aqui
E em toda a parte, nossos passos guia!
Por cada hora, sejamos mais de ti,
E tu, mais nossa, Poesia!


                   (Pregão, 1952)






RECREIO

Na claridade da manhã primaveril,
Ao lado da brancura lavada da escola,
as crianças confraternizam-se com a alegria das aves....

E o sol abre-lhes rosas nas faces saudáveis
A mão doce do vento afaga-lhes os cabelos,
— Um sol discreto que se esconde às vezes entre nuvens brancas...

As meninas dançam de roda e cantam
As suas cantigas simples, de sentido obscuro e incerto,
Acompanhadas de gestos senhoris e graves.

Os rapazes correm sem tino e travam lutas,
Gritam entusiasmados o amor espontâneo à vida,
À vida que vai chegando despercebida e breve...

E a jovem mestra olha todos enlevadamente,
Com um sorriso misterioso nos lábios tristes...


                   (Poesia de Ontem e de Hoje para o Nosso Povo Ler, 1969)




http://www.antoniomiranda.com.br/iberoamerica/portugal/alberto_de_serpa.html





No hay comentarios: