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jueves, 30 de agosto de 2012

7760.- MARÍLIA GARCIA



MARÍLIA GARCIA
(Rio de Janeiro, BRASIL 1979)
Participa do comitê editorial da revista literária Inimigo Rumor. Publicou os livros Encontro às cegas (Rio de Janeiro: Moby Dick, 2001) e 20 poemas para o seu walkman (São Paulo: Cosac Naify, 2007)[2]. Participou de encontros de poetas e festivais como o "Corpo a corpo com a poesia", na Casa das Rosas, em São Paulo, ou o Festival Latinoamericano de Poesía Salida al Mar, em Buenos Aires[3].
É co-editora, com os poetas Angélica Freitas, Fabiano Calixto e Ricardo Domeneck, da revista de poesia Modo de Usar & Co[4]. Está entre os primeiros, no Brasil, a traduzir poetas de língua francesa, como o dadaísta Pierre Albert-Birot, ou os escritores contemporâneos Emmanuel Hocquard, Josée Lapeyrere e Benjamín Prado[5].
Vive e trabalha na cidade do Rio de Janeiro.




Svetlana

en  la víspera de su partida a
ny, emmanuel hocquard dactilografía
un poema de george oppen
en su máquina de escribir
underwood n.3 igual que svetlana
queriendo volver
a barcelona acá no me quedo
ni un día más decía en el café
de nombre griego que
lñe hacía falta ver las cosas
invisibles de aquella ciudad y su marido
en contramano cargando
en el brazo al chiquito sin lengua,
intentando alcanzar lo que
aparecía del otro lado del mar
si alguien vendría todavía
a ayudarlos
                           en esa época
del año la tormenta no suele
demorar (el poema era en inglés)
y tenían miedo de perderse
decía ella, por eso la distancia,
ritmo de escalón siguiendo
cortado, por eso
                                    el modo de andar y
el zizagueo del avión siempre que salían juntos
tenían miedo y todos los días hacia
algo para evadir, después quería
encontrarlo en la calle,
perdido, como un accidente:
cruza la calle y ve, colgó
el teléfono a la hora
precisa, la voz cortada otra
vez antes de seguir
por las ramblas.

Traducción Cristian De Napoli






O calco da sua bicicleta

na esquina da gay-lussac
michel deguy passou de bicicleta
com seu impermeável gris sob o gris de um
cielo abierto. un ciel-ou
vert. um céu quase verde
foi bem na esquina da gay-lussac
quando parei a velib
porque vi a luz vermelha em
forma de bicicleta (uma bicicleta fogo vermelho, feu
rouge, cor de ferrugem quase)
quando vi michel deguy ele estava meio voando
passou pedalando: joelhos abertos braços
arcados pés em movimento sincronizado suas
pedaladas eram rápidas e firmes mas seu olhar ia
paralelo em algum
outro lugar – via a rua em frente só porque
os olhos abertos – um comando que
obriga os olhos a cuidarem
do caminho quando se está ausente
essa foi a terceira vez que vi
michel deguy. a primeira foi em uma leitura sobre
bermann rue moufettard
.............................ele estava sentado quando
cheguei estava sentado parado falando
parecia mesmo um monsenhor francês
debatendo a tradução discordando
dos outros senhores ao seu lado
eu vestia uma meia-calça verde shock
e fazia calor porque já era verão
a segunda vez em que vi michel deguy
foi no marché de la poésie
um pequeno degrau de poesia ao ar livre
com miniaturas kinéticas de papel colorido
espalhadas em quadrados editoriais
ali ele também estava aparente só que mais
contente: era um michel deguy no meio
da rua em uma roda de pessoas
que talvez fossem poetas
que talvez nem fossem poetas
todos conversando animadamente
mãos braços dedos uma sinfonia
teatro de sombras sem sombras
parecia um loop de sons um carrossel
na cabeça sempre recomeçando
o ritmo
..........se encadeando nas linhas
circulares mas na terceira vez
na esquina da gay-lussac
quando michel deguy
passou de bicicleta
ele era um ágil ciclista testando sua invisibilidade
era daqueles que fazem teletransporte
e no movimento se deslocam para
um terceiro ponto inexistente
probabilidade quântica
ele era um calco de michel deguy
que estava, este sim, trabalhando em seus tapumes
estudando os corpos jacentes ou olhando a cafeteira
italiana esquecida sobre a pia
lembrei disso hoje
quando passei pelo calco da bicicleta do will
no poste lá embaixo

Marília Garcia, coeditora da Modo de Usar & Co., 
publicado originalmente na revista Lado 7.





Otra línea de fuego - Quince poetas brasileñas ultracontemporáneas. 
De Heloisa Buarque de Hollanda 
raducción de Teresa Arijón. Edición bilingüe. 
Málaga:  Maremoto;  Servicio de Publicaciones,
Centro de Edciones de la Diputación de Málaga, 2009. 


Le pays n'est pas la carte,

piensa bien pero
si tuviese las calles cuadradas
habría ido a otro café, habría dicho todo de
otro modo y visto desde
arriba la ciudad en vez de
perderse cada vez
a la salida dei metro, no es desagradable
estar aqui, es apenas
demasiado real dice con Ias cejas levantadas
buscando un mapa

II

no es el avión en rasante sobre
el agua ni el cuerpo
en la ventana semiabierta
viendo el diseño
de los carros abajo — no comenta nada
porque prefíere hacer planes
en silencio
(testaria sonando
con colinas?)

III

desde alia manda largas
cartas describiendo el país,
los terremotos y la forma de la ciudad.
puede decirme que nunca se
espanta pero no percibe que
camina preguntando:
¿la cabina es de plástico?  ¿es tu voz
la de la grabación?  ¿es un navío en el
horizonte? puede ser apenas
un margen de error pero
no piensa en eso
con frecuencia
(puede ser apenas la ventana
abierta que se lleva los papeles)




Le pays n´est pas la corte,

pensa bem mas
se tivesse as ruas quadradas
teria ido a outro café, teria dito tudo de
outro modo e visto de
cima a cidade em vez de se
perder toda vez
na saída do metro, não é desagradável
estar aqui, é apenas
demasiado real diz com cílios erguidos
procurando um mapa

II

não é o avião em rãs ante sobre
a água e nem o corpo
na janela semi-aberta
vendo o desenho
dos carros embaixo — não comenta nada
porque prefere armar planos
em silêncio
(estaria sonhando
com colinas?)

III

de lá manda longas
cartas descrevendo o país,
os terremotos e a forma da cidade.
pode me dizer que nunca se
espanta mas não percebe que
caminha perguntando:
é de plástico a cabine? é sua voz
na gravação? é um navio no
horizonte? pode ser apenas
uma margem de erro mas
não pensa nisso
com frequência
(pode ser apenas a janela
aberta que carrega os papéis)








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